1. Identifique as suas necessidades
O primeiro passo é refletir sobre as razões que te levaram a buscar a psicoterapia. “Muitas vezes, pode haver um motivo disparador, como uma perda significativa, dificuldades em relacionamentos ou mesmo a necessidade de autoconhecimento. Ter consciência do que deseja abordar auxiliará a escolher o profissional mais adequado”, explica a psicóloga Camila Camaratta, sócia-fundadora da Associação Piera Aulagnier e membro associado da Federação Latino-Americana de Associações de Psicoterapia Psicanalítica e Psicanálise.
2. Pesquise sobre as abordagens terapêuticas
Existem diferentes abordagens na psicologia, como psicanálise, análise comportamental, cognitivo-comportamental, gestalt, junguiana, entre muitas outras. Cada uma delas apresenta processos e métodos próprios. Segundo Camila Camaratta, a pesquisa sobre as abordagens ajudará a entender qual delas se encaixa melhor em sua personalidade e necessidades.
3. Peça indicações e cheque as avaliações
De acordo com Maria de Fátima Aquino, psicóloga clínica e especialista em relacionamentos e família, pode ser útil pedir indicações de psicólogos para amigos, familiares ou conhecidos. Afinal, a chance de indicarem alguém de confiança é maior. Além disso, é importante verificar as avaliações dos profissionais na internet.
4. Verifique a formação e o registro profissional
Para atuar como psicólogo, o profissional deve estar registrado no Conselho Regional de Psicologia (CRP). “Observe que existe a oferta de psicoterapia feita por terapeutas que não são psicólogos, ou seja, não têm formação em psicologia e não estão ligados a um conselho que os regulamentam”, alerta Maria de Fátima Aquino. A falta de uma formação adequada pode comprometer o processo terapêutico.

5. Considere o valor e a acessibilidade
O processo terapêutico demanda tempo e dinheiro. Por isso, Larissa Fonseca, psicóloga e doutoranda em ansiedade, depressão, estresse, sono e sexualidade feminina, recomenda dar preferência para consultórios próximos de casa ou que realize as sessões de forma on-line. Isso diminuirá as chances da terapia se tornar um fator estressante.
Por sua vez, Camila Camaratta comenta que os valores da consulta devem estar alinhados com a renda ou com os meios de pagamento do paciente. “Muitos profissionais atendem por convênio ou conforme a renda familiar”, complementa.
6. Priorize a compatibilidade
Após encontrar um profissional, o próximo passo é avaliar a primeira sessão com ele, considerando a compatibilidade. Conforme Maria de Fátima Aquino, os resultados do encontro inicial são muito importantes para o andamento do processo terapêutico. Afinal, o paciente dificilmente conseguirá se abrir com alguém que não tenha tido uma conexão.
Cuidados importantes
Outro ponto importante na escolha do psicólogo é o cuidado com os comportamentos do profissional. Um exemplo é a questão do sigilo. A psicóloga Maria de Fátima Aquino ressalta que o profissional não deve revelar para terceiros as informações compartilhadas na consulta (exceto em casos previstos por lei, como risco à morte).