Presidente do Verdão repudia vandalismo praticado por organizadas, mas nega retirar o patrocínio do clube.
Em meio aos resultados ruins e a pressão da torcida do Palmeiras, a presidente Leila Pereira decidiu conceder entrevista coletiva, na tarde desta quarta-feira, 11, na Academia de Futebol. Criticada por não ir ao mercado da bola e contratar jogadores para esta temporada, a mandatária afirmou que tentou, sim, adquirir novas peças para o time de Abel Ferreira. A dirigente, entretanto, alegou que alguns atletas recusaram as propostas por causa da insegurança do Brasil. “No meio do ano tentamos sim, mas os atletas que foram escolhidos pela nossa comissão técnica não quiseram vir jogar no Brasil. É muito difícil morar aqui, a insegurança do nosso país, dos nossos clubes, causam verdadeira repulsa. O próprio Abel na última coletiva dele falou isso, que tivemos que liberar alguns atletas no meio do ano por causa disso. Eu entro nas negociações quando não está andando na velocidade que eu penso, eu mesmo ligo, falo com o atleta, falo com o empresário, e essa é a dificuldade que nós temos”, declarou.
Nesta semana, Leila Pereira viu a Crefisa e a FAM, duas de suas empresas, serem pichadas por torcedores do Palmeiras. Na coletiva, a presidente do Verdão tratou de criticar as organizadas pelo ato de vandalismo e ressaltou que não irá ceder à pressão. “É inadmissível. Pressão é normal, mas é inadmissível atos de vandalismo contra um parceiro que está há nove anos no Palmeiras só colaborando com o clube. Quando a Crefisa e a FAM chegaram no Palmeiras, em 2015, um ano anterior o Palmeiras estava quase rebaixado”, iniciou. “Não é tocando tambor e jogando bomba que vou contratar jogadores. Esses atos de vandalismo contra uma patrocinadora que só colaborou com o Palmeiras. Na pandemia, enquanto a maioria dos patrocinadores cortaram os patrocínios, a Crefisa e a Fam em nenhum momento suspendeu os pagamentos para o Palmeiras. Por isso que o Palmeiras conseguiu manter o emprego dos nossos trabalhadores intacto”, continuou.
Leila Pereira ainda prometeu que irá responsabilizar os torcedores criminalmente e no aspecto civil. “O torcedor organizado torce pela entidade deles, porque se torcesse, não atacaria uma empresa que só está para colaborar. Não vandalizaria muros do clube. Isso é conversa fiada. São dogmas do futebol, completamente errados, que precisam ser discutidos e rechaçados”, disparou a dirigente, sem citar os nomes das uniformizadas. Apesar do problema, a mandatária negou retirar o patrocínio do Palmeiras. “Temos contrato e vamos honrar até o final. Vou ser candidata a reeleição no Palmeiras e se o associado tiver confiança no meu trabalho e eu for reeleita, terei o maior prazer de continuar patrocinando. Mas nós faremos uma BID, uma concorrência, porque se vier alguém pagamento acima do valor que vou me propor a pagar, desde que seja uma empresa idônea.”