Ministro do Interior da França, Gérald Darmanin acusou o jogador de ter relação com a Irmandade Muçulmana; craque francês nega.
O atacante Karim Benzema viu seu nome ser envolvido numa polêmica em meio ao novo conflito no Oriente Médio. Nesta segunda-feira, 16, o ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, acusou o jogador de ter ligação com a Irmandade Muçulmana – o grupo é considerado terrorista por vários países e deu origem ao Hamas, organização que está em conflito com Israel. Após a declaração, nesta quarta-feira, 18, a senadora Valérie Boyer pediu para que o atual atleta do Al-Ittihad (Arábia Saudita) perca a cidadania francesa e a Bola de Ouro, conquistada no ano passado. “Se as declarações do ministro do Interior forem verdadeiras, devemos considerar sanções contra Karim Benzema. Uma sanção inicialmente simbólica seria retirar-lhe a Bola de Ouro. Por último, teremos de pedir a perda da nacionalidade. Não podemos aceitar que um francês com dupla nacionalidade, conhecido internacionalmente, possa desonrar e até trair o seu país dessa forma”, escreveu a senadora, nas redes sociais.
Publicamente, Karim Benzema negou qualquer tipo de envolvimento com a Irmandade Muçulmana. Também via redes sociais, o atacante fez uma única postagem sobre a atual guerra, defendendo a população da Faixa de Gaza após ataques de Israel. “Todas as nossas orações pelos habitantes de Gaza, que são mais uma vez vítimas destes injustos bombardeamentos que não poupam mulheres nem crianças”, escreveu, no último domingo, 15. Nascido em Lyon, o centroavante é filho de pais argelinos. Ao longo de sua carreira, ele preferiu defender a seleção francesa, pela qual marcou 37 gols em 97 partidas. Por clubes, seu auge ocorreu no Real Madrid, onde ganhou cinco vezes a Liga dos Campeões e se tornou o segundo maior goleador da história do time espanhol.