Convidadas foram a psicoterapeuta clínica, autora do e-book “Reacendendo o fogo da paixão”, Evelyn Lindholm, e a ginecologista e obstetra Andressa Benvindo
A saúde feminina nas várias fases da vida e dicas para melhor conviver com questões como as mudanças hormonais foram tratadas no programa ‘Toda Mulher’ desta quarta-feira (1º), na TV Assembleia. As convidadas foram a psicoterapeuta clínica, autora do e-book “Reacendendo o fogo da paixão”, Evelyn Lindholm, e a ginecologista e obstetra Andressa Benvindo.
“Na realidade, quando a menina começa a entrar na puberdade, ela vai experimentar o aparecimento de pelos das mamas e a primeira menstruação, que é a menarca, já é marcada por uma série de oscilações hormonais durante o mês e, desde da adolescência, a menina ela não entende o que está acontecendo, tem uma dificuldade de entender todas essas mudanças hormonais e corporais que acontece nela e essa dificuldade de compreensão perdura por toda a vida”, afirmou a médica Andressa Benvindo.
A ginecologista e obstetra ressaltou que cada uma sente as consequências dessas alterações de um jeito bem próprio. “Os sinais e sintomas que essa oscilação hormonal causa na mulher, realmente, são bem individualizados e precisam também de um acompanhamento e um tratamento personalizado. Tem paciente que não sente nada e tem paciente que vem o combo completo. Na consulta, a gente consegue identificar e, principalmente, orientar. Acredito que o principal fator e que que falta muitas vezes é a orientação e o conhecimento de que há tratamento”, destacou.
A médica elencou ainda os três hormônios principais presentes no corpo da mulher: progesterona o estrogênio e a testosterona. “Quando a mulher está na fase reprodutiva, esses hormônios vão ter picos e oscilações”, observou.
Sobre a menopausa, ela foi taxativa: “É preciso, sim, falar sobre o assunto, falar sobre reposição hormonal, falar da atividade física, dieta, controle da sexualidade, da terapia mesmo, então tudo isso tem que ser conversado, orientado para a paciente não passar com tanto sofrimento durante essa fase”.
Autocuidados
A psicoterapeuta Evelyn Lindholm também reforçou a importância de se autoconhecer e também de esclarecer os mais jovens sobre essa temática. “Faz parte do nosso papel como mulher, como mãe, começar a educar e começar a educar desde cedo, dando nome às partes íntimas, até os autocuidados e aquilo que vai acontecer, não simplesmente deixar que a coisa aconteça”, observou a psicoterapeuta Evelyn Lindholm.
Autora do e-book “Reacendendo o fogo da paixão”, Evelyn Lindholm destacou o trabalho desenvolvido na sua área. “Como terapeutas, por exemplo, dentro da Psicologia, a gente trabalha muito com adolescentes lidando com mudanças muito significativas. Não há, geralmente, aí uma autoestima muito bem formada, isso tudo tá em processo de formação, e aí os hormônios vão bagunçar um pouquinho essa cabecinha, então precisa de muita orientação”, assinalou.
Ela afirmou ainda que, apesar da facilitação do acesso, o tema ainda precisa ser mais difundido. “Eu sou sexóloga, então, dentro do consultório, às vezes acabo atendendo uma demanda de pessoas que vêm com dúvidas que você até se surpreende”, disse sobre ‘verdades’ que as pessoas carregam nessa área.