A atual secretária de Estado da Mulher, deputada estadual Abigail Cunha (PL), e a procuradora da Mulher da Assembleia, Drª. Viviane (PDT), devem ser alvos de denúncias formais nos próximos dias em virtude da participação em um ato de campanha em Formosa da Serra Negra.
Na cidade, as duas participaram de comício ao lado do prefeito, Cirineu Costa (PL). O liberal concorria à reeleição, mas renunciou à candidatura ainda em setembro, após desistir de recorrer contra o seu indeferimento.
Motivo?
Ele não pode ser candidato porque foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) pelo estupro de uma menor de 14 anos.
A pena é de dez anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, mas o gestor recorre em liberdade amparado por um habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Sem condições
Em vídeo divulgado em grupos da região de Balsas, o deputado estadual Dr. Moyses (PRTB), declarou que formalizará um pedido de destituição de Drª. Viviane da Procuradoria da Mulher da Casa.
“Ela não tem condições morais de continuar como representante da mulher na Assembleia”, diz o parlamentar na gravação. A petição será encaminhada à Mesa Diretora.
Fórum
Já Abigail Cunha foi alvo de notas do Fórum Maranhense de Mulheres e do Fórum de Mulheres de Imperatriz e Região Tocantina do Maranhão exigindo a sua exoneração imediata da Secretaria de Estado da Mulher.
“Estamos diante de um fato extremamente grave, perturbador e inaceitável, a Secretaria de Estado da Mulher criada para defender e promover os direitos das meninas e mulheres está, paradoxalmente, apoiando uma candidatura que tem como idealizador um político condenado por um crime que viola esses direitos, não gera apenas uma contradição, mas mina a credibilidade da secretaria e envia uma mensagem perigosa à sociedade, reforçam a ideia de que a política é uma arena onde os interesses pessoais e partidários se sobrepõem ao bem comum da população”, diz a manifestação das entidades.
Faltou sororidade
Na ocasião, animada, ela até ensaiou uma dança de forró com o gestor.
“Soa, no mínimo, como um contrassenso, portanto, uma parlamentar que defende tanto as mulheres confraternizar-se com alguém nesta situação”, opinamos.