A prefeita de Axixá, Sônia Campos – a Soninha, poderia ter construído um hospital de bom porte inteiro, equipado, com pessoal contratado e ainda sobraria muito dinheiro. Porém, desde o início da pandemia, a Prefeitura tem “guardado” as verbas extra que recebeu neste ano, sem investir em EPI, médicos, testes, respiradores e leitos de UTI.
Dos R$ 63.190.983,99 previstos no Orçamento Geral do Município para Exercício Financeiro de 2020, para despesa da máquina, o município já arrecadou no período a bagatela de R$ 9.808.399,74. No entanto, o volume de recursos extras de janeiro até junho é bem maior. Logo em janeiro, o município axixaense recebeu a quantia de R$ 524.524,37 em recursos públicos referentes ao repasse da venda do pre-sal, que foi repartida com estados e municípios.
Depois disso, o município continuou recebendo do Governo Federal. A previsão inicial transferências da União era de 47.747.921,63, mas no período já foram repassados o equivalente a R$ 7.684.429,73. Em seguida começaram a cair as verbas das emendas parlamentares, que deveriam ter sido investidas, para o combate ao coronavírus.
As transferências do Estado para os cofres municipais também são elevadas. A previsão inicial era de R$ 10.035.639,98, mas até o momento já foi repassado a quantia de R$ 632.020,54.
A arrecadação de verba extra-orçamentária até o momento foi de R$ 930.217,17. Além disso, a cidade ainda recebeu R$ R$ 1.022.998,17 de ajuda emergencial aprovada pelo Senado. Em seguida, recebeu mais R$ 1.419.969,00 de verba extra para combate à Covid-19.
Somando tudo, o município recebeu neste ano o equivalente a R$ 19.055.067,18. De todo este dinheiro, a administração da prefeita ‘Soninha Rapina’ – alusão à operação em que a chefe do executivo axixaense foi presa, ainda não conseguiu prestar nem da metade do que recebeu. Nos próximos dias, vamos detalhar os valores que caíram nos cofres municipais e os principais contratos realizados no período.
MAIS DENÚNCIAS
Outro caso que a reportagem está apurando é uma denúncia de que uma empresa contratada pelo município axixaense para fazer obras em escolas não tinha nenhum mestre de obra, nem engenheiro, nem pedreiro. Também não tinha sede nem funcionário registrado. Ela terceirizou as obras e contratou amadores para trabalhar. É mais um caso gravíssimo envolvendo a gestão de ‘Soninha Rapina’.
COVID EM NÚMEROS
Axixá concentra um dos maiores números de casos de covid-19 na Região do Munim: 84 monitorados, com 109 confirmados e quatro mortes. A quantidade de infectados pode ser ainda mais, pois 45 casos suspeitos ainda aguardam a confirmação dos exames.
Via Maranhão de Verdade