O direito à manifestação é um pilar da democracia, podendo ser exercido em qualquer lugar do país. A Constituição Federal de 1988 garante no art. 5 que: É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
Mas em Altamira do Maranhão, a prefeita Ileilda do Queijo, usou a Polícia Militar para impedir um ato de reivindicação da população pela falta de atendimentos a saúde e médicos na cidade. Um carro da PM ficou atravessado na rua, para intimidar os manifestantes.
O município está jogado as traças. Faltam remédios nas UBSs, postos de saúde foram fechados, não tem médico para atender o povo e os contratos com alguns profissionais do programa MAIS MÉDICOS, poderão não serem renovados por não fazerem parte do grupo político da prefeita.
Na educação, os professores não receberam seus direitos.
O povoado Curralinho sofre a um ano sem água e os moradores não tem nenhuma resposta por parte do poder público municipal.
O líder político, Marton Pageú, foi procurado pelos moradores de Altamira, para pedir ajuda, pois estão sofrendo com tanto descaso. “Procuramos a delegacia da cidade comunicando formalmente sobre a manifestação e o recebimento do comunicado foi negado. No entanto a pacífica manifestação foi impedida porque a gestora, usou um carro da PM proibindo a aproximação das pessoas”, disse Pageú.
Os manifestantes foram até ao 39° Comando da Polícia Militar da região na cidade de Lago da Pedra, para relatar o fato. O comandante, Ten. Cel. Duarte, autorizou a manifestação legítima e assim o ato ocorrerá em outra data.
“Nossa cidade está sendo comandada por uma pessoa sem coração. Como pode uma prefeita fechar posto de saúde em plena pandemia ? Como pode não renovar os contratos com os médicos da cidade? Estamos pedindo socorro e estamos sem esperança”, frisou uma manifestante que não quis se identificar, com medo de represálias.