Requerimento foi apresentado pelo ex-atleta e presidente da Comissão Luiz Lima (PL-RJ); representantes do COB, da CBV, do STJD do vôlei e até do COI foram convidados.
A Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 10, a realização de uma audiência para discutir o caso envolvendo Wallace Souza, jogador de vôlei do Cruzeiro. Além do próprio oposto, suspenso por cinco anos das atividades de clubes e da seleção brasileira, também participarão representantes do Comitê Olímpico do Brasil (COB), da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), do STJD do vôlei e até do Comitê Olímpico Internacional (COI). Ana Moser, a ministra do Esporte, e Jorge Messias, da AGU, também foram convidados. O requerimento foi apresentado pelo ex-atleta e presidente da Comissão Luiz Lima (PL-RJ). “A punição foi de 90 dias, excessiva demais, impedindo o jogador de trabalhar. Gostaria de lembrar do caso Bruno, que assassinou a mãe do seu filho. Até o jogador Bruno era liberado para trabalhar”, comentou durante a sessão. A audiência ainda não tem data marcada.
Relembre o caso
Suspenso pelo COB por incitar a violência contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas redes sociais, o oposto Wallace entrou em quadra no dia 30 de abril, diante do Minas, sendo decisivo na conquista do oitavo título do Cruzeiro na Superliga de Vôlei. Para colocar o veterano em quadra, a equipe cruzeirense se baseou numa liminar concedida pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) no dia 12 do mesmo mês. A CBV, na época, alegou que se viu dividida entre duas decisões conflitantes e acionou o Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem, que deu ganho ao atleta. O COB, entretanto, já havia avisado que o veterano não poderia descumprir sua decisão.
Inicialmente, Wallace foi suspenso em 90 dias das atividades do Cruzeiro e por um ano da seleção brasileira. Após desrespeitar a punição aplicada pelo COB, o experiente atleta viu a punição aumentar para cinco anos nos dois cenários. O oposto de 35 anos prometeu recorrer da decisão, que pode encerrar sua carreira. A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), órgão que administra a competição, também sofreu sanções e declarou que irá “tomar as medidas cabíveis” para reverter a situação.