Ele também vai ler requerimentos de outros pedidos de CPI; decisão foi tomada durante reunião com senadores nesta terça
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu nesta terça-feira (5) que vai abrir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ministério da Educação (MEC). O objetivo é apurar denúncias de corrupção que envolvem o ex-ministro Milton Ribeiro e pastores suspeitos de operar um esquema de desvios na pasta. Pacheco decidiu que também vai fazer a leitura de outros quatro pedidos de comissões no Senado. A instalação, que é quando uma comissão começa efetivamente a funcionar, só deve ficar para depois das eleições.
A decisão foi anunciada durante reunião dos líderes. A expectativa é de que os requerimentos sejam lidos no plenário do Senado na quarta-feira (6). Após isso, a quantidade de assinaturas vai ser confirmada e será aberto prazo para os líderes indicarem os membros da comissão. A CPI deve ser composta de 11 titulares e 11 suplentes.
Pacheco havia dito que ouviria os líderes antes de anunciar a abertura da CPI do MEC. Na reunião desta terça, a maior parte dos líderes se posicionou de forma contrária à instalação da comissão do MEC e de qualquer outra CPI, neste momento, pela proximidade com as eleições. Mas, após o encontro, Pacheco confirmou a decisão e usou as redes sociais para detalhar a medida.
“Os requerimentos serão lidos em plenário por dever constitucional e questões procedimentais serão decididas. Porém, a ampla maioria dos líderes entende que a instalação de todas [CPIs] deve acontecer após o período eleitoral, permitindo-se a participação de todos os senadores e evitando-se a contaminação das investigações pelo processo eleitoral”, disse.
A reportagem apurou que alguns líderes entendem que iniciar uma CPI neste momento representaria uma “sonegação de direito” a alguns senadores, que estão em disputas eleitorais. As lideranças do PT, Rede e MDB foram as únicas favoráveis ao início dos trabalhos da CPI em agosto, após o recesso parlamentar; os outros partidos, como Podemos, PL (da base do governo), PSD e PDT foram contrários e defenderam a instalação da comissão após as eleições.
Fonte: R7