As bases do governo e da oposição no Congresso já definiram quem serão seus alvos prioritários na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os ataques golpistas.
Para a oposição, o foco é atacar o ministro da Justiça, Flávio Dino.
Nos bastidores, Dino tem repetido que sabe que está na mira e que seu cargo – mas que seu cargo é de confiança do presidente Lula, a quem cabe tirar ou manter. E que todas as suas decisões são tomadas após aval do presidente Lula, que tem ratificado sua gestão.
Agora, lembra Dino a aliados, se ele sair do Ministério da Justiça, volta ao Senado, com 8 anos de mandato – o que oposição parece estar se esquecendo.
Os governistas, por sua vez, querem mirar nos militares – entre eles, o general Braga Netto, que foi ministro da Defesa e da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice na chapa derrotada à reeleição.
Bolsonaristas aliados de Torres avaliam que o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres – único bolsonarista de alto calibre preso em decorrência das investigações sobre os ataques golpistas – tem pago uma conta que não seria apenas dele- e que a CPMI será uma chance para “tirar militares como Braga Neto da zona de conforto”
“Ele [Braga Netto] precisa sair da zona de conforto”, diz um integrante da oposição ouvido pelo blog da Andréia Sadi.