Um boneco, com a camisa do atacante brasileiro, foi pendurado pelo pescoço em uma ponte na cidade espanhola.
Torcedores do Atlético de Madrid voltaram a cometer atos criminosos contra Vinicius Júnior nesta quinta-feira, 26, data do clássico diante do Real Madrid, no Santiago Bernabéu, pelas quartas de final da Copa do Rei – a bola rola às 17 horas (de Brasília). Um boneco, com a camisa do atacante brasileiro, foi pendurado pelo pescoço em uma ponte na cidade, simulando enforcamento (veja a imagem abaixo). Além disso, uma faixa com a frase “Madrid odeia o Real” foi estendida. Através das redes sociais, a LaLiga, órgão responsável por organizar os principais campeonatos da Espanha, condenou os atos discriminatórios e anunciou que abrirá uma investigação. “Condenamos veementemente os atos de ódio contra Vinicius Júnior. Intolerância e violência não cabem no futebol. Como em ocasiões anteriores, a LaLiga instará a apuração dos fatos em busca da condenação dos responsáveis, requerendo as mais severas sanções penais”, disse.
O Atleti, por sua vez, repudiou o episódio. “Fatos assim são absolutamente repugnantes e inadmissíveis e constrangem a sociedade. A nossa condenação de qualquer ato que atente contra a dignidade de pessoas ou instituições é contundente e categórica”, diz um trecho de um comunicado. Essa, no entanto, não é a primeira vez que a torcida do Atlético de Madrid exagera nas provocações com Vinicius Júnior. Em setembro do ano passado, também no dia de um clássico contra o Real Madrid, alguns torcedores foram flagrados imitando macacos para provocar o brasileiro, em gestou racista. Dias antes, o brasileiro já havia sido insultado da mesma maneira por Pedro Bravo, presidente da Associação Espanhola de Empresários de Jogadores, em um programa de TV. Recentemente, vale lembrar, o atleta da seleção brasileira também ouviu cânticos preconceituosos de fanáticos pelo Real Valladolid, clube que tem Ronaldo Nazário como dono – o Fenômeno considerou o episódio “lamentável, repugnante, vergonhoso e inadmissível”. Até o momento, ninguém foi punido pelos crimes.