Levantamento do Datafolha mostrou que uma parcela de 11% dos entrevistados afirmam que poderiam mudar de candidato no primeiro turno para apoiar aquele que estiver em primeiro lugar nas pesquisas
Na última semana da campanha eleitoral, parte dos eleitores seguem indecisos sobre em quem votar no domingo, 2. A maioria tem o voto definido em nem cogita mudar, como é o caso do aposentado Celso Dias, entrevistado pela reportagem da Jovem Pan News: “Minha cédula já está preenchida, Voto sempre na direita, sou um homem de direita, e nem me preocupo em assistir isso daí”. No entanto, eleitores como a padeira Eliana Roman declaram que podem repensar a escolha: “Teve um momento que eu quis mudar, mas esse candidato eu fui pesquisar e não vi que ele fez grandes coisas pelo país. Então voltei pro antigo candidato”. Mesmo com tão pouco tempo, ainda é possível modificar uma parcela de votos, já que as pesquisas indicam um percentual na casa de 2% de indecisos. Em relação à população brasileira, são mais de 3 milhões de votos a serem conquistados. De acordo com a última pesquisa Datafolha para presidente, no recorte da intenção de voto espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos, o percentual de indecisos sobe para 14%.
O mesmo levantamento também mostrou que uma parcela de 11% dos entrevistados afirmam que poderiam mudar de candidato no primeiro turno da eleição presidencial para apoiar aquele que estiver em primeiro lugar nas pesquisas. O cientista político da fundação Liberdade Econômica, Paulo Kramer, observa que historicamente o número de indecisos tem decrescido por causa da polarização política que se intensificou nos últimos 10 anos e aposta que neste pleito essa parcela da população terá um papel importante: “Um ditado que vigora no meio dos pesquisadores de opinião é o de que as eleições são sempre decididas pelos indecisos. Isso é verdade principalmente quando nós temos uma disputa muito acirrada, pau a pau, que eu acredito que é como vai ser essa eleição. Acredito que teremos segundo turno e será uma eleição que as pessoas ficarão roendo as unhas até o último voto”. No caso de segundo turno, a tendência é dos indecisos diminuírem. De toda forma, o cientista político pondera a necessidade uma reforma política para que os brasileiros se interessem mais e queiram participar da política.