Depois de participar de intensa agenda municipalista em Brasília, presidente da Famem falou com exclusividade ao Jornal Pequeno.
Há pouco mais de um ano, a trajetória do prefeito de São Mateus, Ivo Rezende, é marcada pelo compromisso com o fortalecimento das administrações locais e pela defesa dos interesses dos municípios. Como uma nova liderança no cenário municipalista do Maranhão, destaca-se como presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), cuja atuação ganhou projeção nacional e garantiu a eleição de vice-presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), ao lado de Paulo Ziulkoski, eleito presidente. Na quarta-feira, 6, Rezende esteve presente na Mobilização Municipalista organizada pela CNM, que tem como destaque a desoneração da folha, parcelamento especial da previdência e precatórios e a Reforma Tributária.
Ivo Rezende falou com exclusividade ao Jornal Pequeno:
– Como a sua eleição para vice-presidente da CNM pode contribuir para os municípios brasileiros?
– Minha eleição representa uma oportunidade para fortalecer o diálogo entre os municípios e as instâncias governamentais, buscando soluções conjuntas e promovendo o desenvolvimento local em todo o país.
– E especificamente para o Maranhão, o envolvimento do governador do estado e da bancada federal, e os outros atores do poder fortalecem ainda mais essa representatividade? Pretende trazer essas forças para dar mais ênfase ao municipalismo maranhense?
– Definitivamente, o meu intuito é fortalecer cada vez mais a representatividade do Maranhão no cenário municipalista. Além disso, minha posição permite ampliar as articulações junto ao governador Carlos Brandão, à presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale; ao presidente do Tribunal de Contas do MA, Marcelo Tavares; bancada estadual, bancada federal, Congresso Nacional e CNM, atuando como ponte para programas e verbas que beneficiem nossas cidades. Estou comprometido em unir essas forças para ampliar a voz dos municípios maranhenses e garantir que suas necessidades sejam ouvidas e atendidas em nível nacional.
– Como o senhor vê os desafios enfrentados pelos municípios em 2024?
– Os desafios são significativos, especialmente diante das demandas crescentes e das limitações orçamentárias. É essencial buscar soluções colaborativas para garantir o desenvolvimento em todas as regiões. Agora como vice-presidente da CNM, eleito no dia 1° de março (2024), enfrentarei desafios diversos; desde a busca por recursos e apoio para os municípios à representação eficaz de suas necessidades junto às instâncias governamentais. Nesse sentido, temos também o compromisso de manter as pautas de reivindicações junto ao presidente Lula, até alcançarmos soluções satisfatórias.
– Qual é a importância da mobilização municipalista em Brasília? O sr. acredita em um desfecho favorável para as prefeituras?
– A mobilização foi crucial para unir forças e apresentar as necessidades dos municípios diretamente aos órgãos governamentais. Além de discutir as pautas em debate, destacando a importância da desoneração da folha de pagamento para aliviar os custos municipais, o parcelamento especial da previdência e precatórios, também é uma oportunidade para consolidar o papel do Maranhão como protagonista nas relações internas e externas com os atores dos poderes. Estamos otimistas de que essa luta resultará em um desfecho favorável para as prefeituras, pois é uma questão essencial para a saúde financeira dos municípios.
– Quais foram as principais pautas em debate durante a mobilização?
– Um dos temas centrais em discussão foi a desoneração da folha dos municípios, prevista na Lei 14.784. Os gestores municipais protestaram pela manutenção de uma conquista municipalista que foi a redução da alíquota previdenciária paga pelos municípios ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Essa medida tem o potencial de aliviar a carga tributária sobre as administrações municipais. Discutimos também temas como o parcelamento especial da previdência, precatórios, ampliação da reforma da previdência, regulamentação da Reforma Tributária e outros pleitos fundamentais para o fortalecimento dos municípios.
– E qual a importância, para o municipalismo maranhense, da sua eleição como vice-presidente da CNM? Fale mais sobre essa conquista.
– Essa é uma grande conquista para o municipalismo maranhense, pois coloca nosso estado em destaque nacional, como representante do Nordeste, e amplia nossa capacidade de influenciar políticas em prol dos municípios. É uma honra representar o Maranhão nessa posição e estou comprometido em trabalhar incansavelmente para defender os interesses de nossos municípios. (Jornal Pequeno).