O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou que quatro obras jurídicas com conteúdo discriminatório contra mulheres e população LGBTQIA+ sejam retiradas de circulação. Os autores deverão, ainda, pagar R$ 150 mil por danos morais coletivos.
A decisão, publicada nesta sexta-feira (1), permite que as obras voltem ao mercado caso sejam editadas para retirar essas partes “incompatíveis com a Constituição Federal”.
Os livros contêm trechos que definem a homossexualidade como “prática doentia” e “anomalia sexual”. Em um deles, há a defesa de que empresas possam demitir funcionários que forem “afeminados”.
Em outro trecho citado na decisão, um autor afirma que relações homossexuais são “uma loucura psicológica tão devastadora como nos tempos de Hitler”.
O recurso contra os livros foi apresentado pelo Ministério Público Federal, após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região negar um pedido para retirada de circulação das obras.