No segundo dia da guerra, a Rússia segue ampliando a invasão contra a Ucrânia, e a capital, Kiev, espera pela chegada de tropas russas ainda nesta sexta-feira (25). É nesse contexto que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) resolveu acionar, pela 1ª vez, a Força de Resposta da aliança e enviar tropas para o Leste Europeu.
A ativação das tropas de resposta não significa que soldados dos EUA ou da Otan irão para a Ucrânia, que não é membro da aliança. Ela tem o potencial de envolver até 40 mil homens.
De acordo com a Otan, trata-se de “força multinacional altamente preparada e tecnologicamente avançada composta por componentes terrestres, aéreos, marítimos e Forças de Operações Especiais que a aliança pode mobilizar rapidamente, sempre que necessário”.
Enquanto isso, o ministério da Defesa polonês anunciou ter enviado um comboio de munição à Ucrânia. É o primeiro carregamento de ajuda militar publicamente reconhecida que chega ao país desde a invasão. Vale lembrar que a Polônia é um dos países-membros da Otan.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, teve uma conversa de 40 minutos com o presidente Joe Biden, dos Estados Unidos, e agradeceu-o pelas redes sociais pelo “forte apoio” ao país, mencionando “o fortalecimento das sanções, a assistência concreta à defesa e uma coalizão anti-guerra” como assuntos tratados.
Mais cedo, Zelensky chegou a criticar aliados da Ucrânia pelas “inércia” no conflito.
“Nesta manhã, estamos defendendo nosso país sozinhos. Assim como ontem, o país mais poderoso do mundo olha de longe”, disse o presidente ucraniano, parecendo se referir aos EUA.
Nesta sexta, autoridades ucranianas também conversaram com o governo de Vladimir Putin. Um encontro entre ambos líderes pode acontecer, informou o Kremlin, após Zelensky ter mencionado poder discutir a neutralidade do país. O Kremlin afirmou ter entrado em contato com Alexander Lukashenko, presidente de Belarus, para organizar conversas em Minsk, capital do país.