O imbróglio envolvendo a reeleição da deputada Iracema Vale para a presidência da Assembleia Legislativa do Maranhão ganhou um novo e surpreendente capítulo.
Depois que o grupo do deputado Othelino Neto apresentou, há poucos dias, um parecer jurídico assinado por um professor de uma assessora do STF, parecia que o jogo tinha ganhado novo fôlego.
Mas o parecer, amplamente comentado, revelou-se uma repetição exaustiva do que já havia sido argumentado pelo Solidariedade na ação. A tese, desgastada, insiste na narrativa de que a mudança no regimento interno da Assembleia foi feita às pressas em 2024 — uma versão convenientemente descolada dos fatos.
O que o grupo de Othelino não contava era com a intervenção de peso do ex-presidente do STF, ministro aposentado Carlos Velloso. Conhecido por sua trajetória ilibada e domínio inquestionável do Direito Constitucional, Velloso manifestou-se favoravelmente à Assembleia, desmontando a tese do Solidariedade.
Para ele, o critério da idade, previsto no regimento, é constitucional e deve ser respeitado.
A fala de Velloso não é apenas mais uma opinião; é um posicionamento que ecoa no cenário jurídico nacional, dada sua autoridade como um dos mais respeitados juristas brasileiros, com atuação destacada no STF de 1990 a 2006.
Diante disso, a turma de Othelino deve estar zonza, ruminando sobre como formular sua próxima teoria conspiratória para justificar a derrota.
Enquanto isso, Iracema Vale não apenas segue firme na presidência da Casa, como também enfrenta um cenário de perseguições políticas que impressiona pela intensidade. Primeira mulher a ocupar o cargo na história da Assembleia Legislativa do Maranhão, Iracema já cravou seu nome como pioneira, mas sua gestão também parece destinada a ser lembrada como uma das mais desafiadas e atacadas.