A pedido da PF, Moraes autorizou quebra de sigilos bancário e fiscal de Bolsonaro e da ex-primeira-dama na investigação sobre venda de presentes.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) criticou nesta sexta-feira, 18, a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de autorizar a quebra do sigilo bancário e fiscal dela. A medida faz parte da investigação sobre o suposto esquema de venda de joias presenteadas ao ex-chefe do Executivo em viagens oficiais. “Pra que quebrar meu sigilo bancário e fiscal? Bastava me pedir”, afirmou Michelle nas redes sociais. Nesta quinta-feira, 17, o ministro acatou pedido da Polícia Federal (PF) e também determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Michelle alegou que a ação é uma “perseguição política” que tem como objetivo manchar o nome da família Bolsonaro. “Fica cada vez mais claro que essa perseguição política, cheia de malabarismo e inflamada pela mídia tem como objetivo manchar o nome da minha família e tentar me fazer desistir.”
Ainda nesta quinta-feira, 17, a defesa do ex-ajudante de ordens Mauro Cid afirmou que ele vai confessar ter vendido os presentes oficiais a mando de Bolsonaro. Já o hacker Walter Delgatti Neto, em depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, acusou o ex-presidente de ter lhe pedido que forjasse uma invasão a urnas eletrônicas em 2022. Delgatti, que nesta sexta presta novo depoimento à PF, também disse que Bolsonaro pediu que ele assumisse um grampo a Alexandre de Moraes e ofereceu um perdão de pena caso ele fosse preso pelos crimes.
* Com informações do Estadão Conteúdo