Os condôminos do edifício American Flat Residence, localizado na Avenida dos Holandeses, em São Luís, convocaram uma Assembleia Geral Extraordinária para o próximo dia 14 de agosto, com o objetivo de deliberar sobre a destituição da atual síndica, Alice Emiliana Brito. A convocação ocorre após uma série de denúncias que incluem má gestão financeira, desrespeito ao regimento interno e graves acusações de assédio moral contra funcionários do condomínio.
De acordo com o edital de convocação, a assembleia será realizada às 18 horas no Salão América do Sul do condomínio e também contará com transmissão online pela plataforma Zoom. Na ordem do dia, além da votação para destituição da síndica, os condôminos discutirão a impossibilidade de Alice Brito se candidatar a qualquer cargo no condomínio futuramente. Também será lida e votada uma nota de repúdio em relação à sua gestão.
As denúncias contra a síndica não são recentes e vêm se acumulando ao longo dos últimos meses. Entre as acusações está a falta de transparência na prestação de contas, contratações sem previsão orçamentária e inadimplência com fornecedores e obrigações trabalhistas. Além disso, a gestão de Alice Brito é acusada de negligenciar a manutenção das áreas comuns e de aumentar sua própria remuneração sem a devida aprovação dos condôminos.
O caso ganhou maior repercussão após o registro de uma ocorrência policial no dia 16 de junho de 2024, na Delegacia Online do Maranhão. No boletim de ocorrência, o recepcionista Luis Marcelo Cirqueira Pinheiro relata ter sido vítima de assédio moral, afirmando que foi constrangido publicamente pela síndica e por outra funcionária, Carolina Fernandes Lemos Bonin. O comunicante descreve um ambiente de trabalho tóxico, onde ele e outros funcionários são constantemente oprimidos, resultando em sérios impactos em sua saúde psicológica.
Diante das graves acusações, a expectativa é que a assembleia do dia 14 seja um marco decisivo na administração do American Flat. Muitos condôminos já manifestaram apoio à destituição de Alice Brito, considerando as práticas abusivas e a má gestão como insustentáveis para a continuidade do cargo.