A Prefeitura de São Luís levou a cidade a uma despesa completamente desnecessária durante a paralisação de motoristas de apenas duas empresas de ônibus. Em 10 dias, o Município torrou quase R$ 9 milhões em corridas de aplicativo — um gasto que só existe porque o prefeito Eduardo Braide (PSD) decidiu esticar um conflito que poderia ter sido resolvido no primeiro momento.
Desde o início da greve, Braide insistiu que não repassaria subsídio às empresas de ônibus porque elas estariam operando “com 80% da frota”. Mesmo assim, acionou a Lei Complementar nº 07/2025, que só autoriza o transporte por aplicativo pago pela Prefeitura quando menos de 60% da frota estiver funcionando.
A conta é simples e derruba a narrativa oficial:
se havia 80%, o gatilho legal não podia ser acionado; se o gatilho foi acionado, não havia 80%.
Só para a 99 Tecnologia, já foram pagos R$ 5,52 milhões, e outros R$ 3 milhões seguem empenhados — tudo isso em apenas dez dias de operação emergencial.

O absurdo é que esse gasto milionário substituiu um subsídio inicial que Braide se recusou a autorizar — e que teria custado muito menos ao contribuinte. A crise continuou, o desgaste aumentou e, no fim, o próprio prefeito acabou liberando o subsídio que negou lá atrás.
A birra custou caro
O episódio escancara que a gestão escolheu o caminho mais oneroso e menos racional. O que poderia ter sido resolvido com diálogo virou uma demonstração de teimosia — e uma conta salgada.
Em apenas dez dias, a Prefeitura queimou quase R$ 9 milhões numa crise fabricada por uma decisão que parece ter sido guiada mais pela birra do prefeito do que pelo interesse público.












