O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, partiu nesta segunda-feira (12) rumo à Arábia Saudita naquela que classificou como uma viagem “histórica” pelo Oriente Médio, combinando diplomacia sobre Gaza e Irã com importantes acordos comerciais. O Air Force One decolou da Base Conjunta Andrews, perto de Washington, para uma viagem que incluirá visitas ao Catar e aos Emirados Árabes Unidos, e possivelmente conversas na Turquia sobre a guerra na Ucrânia.
O conflito entre Israel e o Hamas em Gazaterá grande peso nessa primeira grande viagem do segundo mandato do republicano. Como sinal de avanços, o refém americano-israelense Edan Alexander foi libertado e entregue à Cruz Vermelha justamente quando Trump embarcava no avião presidencial. “É uma grande notícia”, disse Trump na Casa Branca pouco antes de partir. “Ele está voltando para casa com os pais, o que é uma grande notícia. Achavam que ele estava morto.”
Nas últimas semanas, Trump pareceu esfriar seus esforços para pôr fim à guerra em Gaza, apesar de, antes de assumir o cargo, ter se gabado de que conseguiria encerrar o conflito rapidamente. Ele também tem demonstrado crescentes desacordos com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre Gaza, bem como sobre os ataques contra os rebeldes huthis no Iêmen e sobre como lidar com o programa nuclear iraniano.
Trump afirmou que estavam ocorrendo “resultados muito bons” nas conversas entre Washington e Teerã, embora tenha acrescentado que o Irã “não pode ter uma arma nuclear”. O presidente disse esperar que houvesse mais avanços em Gaza durante sua viagem ao Golfo, destacando que sua excursão inclui “três países principais” da região. “Espero que também consigamos libertar outros reféns”, declarou ao ser questionado se previa mais progressos rumo a um cessar-fogo no conflito.