Mais uma etapa das eleições 2022 é alcançada com a lacração dos sistemas das urnas eletrônicas. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou, nesta segunda-feira (29/8), esse novo passo, que terminará com a cerimônia de assinatura digital. Isso significa que o período de inspeção de entidades fiscalizadoras, como o Ministério da Defesa e a Polícia Federal, acabou.
Ao longo desta semana, uma equipe composta por 10 técnicos da Secretaria de Tecnologia da Informação do tribunal fará a compilação dos programas, para garantir a integridade e o bom funcionamento do sistema que compõe a urna eletrônica.
Esta é uma das etapas finais do ciclo de verificação dos programas que serão usados no pleito. Segundo a Corte Eleitoral, trata-se da fase que garante ao eleitor que o voto registrado na urna será computado de forma totalmente segura.
Após o protocolo, acompanhado pelas entidades fiscalizadoras, a Justiça Eleitoral disponibiliza na internet a relação com os resumos digitais — código que identifica qualquer documento eletrônico — de todos os sistemas lacrados.
A partir desses dados, qualquer interessado é capaz de verificar se o sistema que está sendo executado na urna eletrônica, no dia da votação, é igual ao lacrado e armazenado no tribunal.
Quando confirmado que se trata do mesmo sistema, eventual suspeita de fraude pode ser investigada a partir da cópia do código-fonte armazenada em sala-cofre do TSE. O acesso ao código-fonte do sistema de votação foi aberto em outubro de 2021 para todas as entidades cadastradas para auditoria. As Forças Armadas e a Polícia Federal estão entre elas.
O código-fonte é formado por 17 milhões de linhas de comandos escritos em linguagem de programação, que compõem um software. A partir dele, o ministério pode testar a tecnologia, achar possíveis falhas e sugerir correções, por exemplo. A intenção é checar a confiabilidade do sistema eleitoral.