Admiradora de Benito Mussolini, ela defende o fechamento das fronteiras e visa renegociar os tratados europeus para que Roma recupere o controle de seu próprio destino
Com a vitória da extrema-direita nas eleições legislativas realizada no domingo, 25, na Itália, Giorgia Meloni é a principal candidata a assumir como premiê. O partido formado pelos partidos Irmãos de Itália (FdI) e Liga e Força Itália (FI), venceu com cerca de 41% dos votos, de acordo com a primeira projeção. Se as previsões se concretizarem, Meloni será a primeira mulher a assumir como chefe de governo. Aos 45 anos, ela luta contra a “demonização” de seu movimento pós-fascista. De 2003, quando não chegou a obter 2% dos votos, até agora, a deputada conseguiu canalizar o sentimento de descontentamento e as esperanças frustradas dos italianos em relação às “ordens” da União Europeia, ao alto custo de vida e à incerteza dos jovens sobre o futuro e tornar-se a principal candidata para assumir a Itália. Seu lema é “Deus, pátria e família”. Suas prioridades são fechar as fronteiras para proteger a Itália da “islamização” e renegociar os tratados europeus para que Roma recupere o controle de seu próprio destino. Outra prioridade é lutar contra os grupos de defesa dos direitos LGBTQIA+ e contra o “inverno demográfico”, o envelhecimento de sua população, em um dos países com mais idosos do mundo.