Israel alertou nesta segunda-feira (30) que usará todas as suas forças para continuar atacando o Hezbollah após ter matado seu líder, enquanto o movimento terrorista pró-iraniano afirmou estar preparado para enfrentar uma possível ofensiva terrestre no Líbano. Após o devastador golpe ao Hezbollah, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu o Irã, seu arqui-inimigo e grande aliado do partido libanês, que “não há lugar no Oriente Médio ao qual Israel não possa chegar”.
Pelo menos 25 pessoas morreram em bombardeios israelenses no Líbano nesta segunda-feira (30), incluindo três membros de um grupo terrorista palestino, o líder o Hamas no Líbano e um soldado libanês, segundo várias fontes. O Hezbollah, por sua vez, disparou foguetes em direção ao norte de Israel. Israel, que deslocou reforços para sua fronteira norte com o Líbano, prometeu combater seus “inimigos” e “eliminá-los” onde quer que estejam.
Na sexta-feira, um bombardeio nos subúrbios do sul de Beirute, reduto do Hezbollah, matou o líder do grupo, Hassan Nasrallah. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que a morte de Nasrallah é “um passo importante”, mas não é o “final”. “Para garantir o retorno das comunidades do norte de Israel, utilizaremos todas as nossas capacidades”, declarou Gallant durante uma visita a soldados destacados na fronteira entre Israel e Líbano.
“O mais rápido possível”
Em um discurso televisionado, o número dois do movimento islamista libanês, Naim Qasem, afirmou que o grupo escolherá “o mais rápido possível” o sucessor de Nasrallah.
O dirigente indicou que Nasrallah, considerado o homem mais poderoso do país, faleceu junto a outras quatro pessoas, incluindo um general da Guarda Revolucionária do Irã, e não junto a cerca de 20 de membros da formação, como alegou Israel.