Declarações ocorrem um dia após o presidente Joe Biden afirmar que o governo israelense havia concordado em interromper a ofensiva durante o Ramadã.
Representantes de Israel e do grupo palestino Hamas minimizaram na terça-feira, 27, as chances de um acordo iminente de cessar-fogo na Faixa de Gaza, um dia após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dizer que Israel havia concordado em interromper a ofensiva durante o Ramadã se um acordo para libertar reféns fosse fechado. O democrata chegou a dizer que foi informado sobre o andamento das negociações pelo conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, e que os comentários refletem otimismo, mas não significam que os obstáculos para um acordo haviam sido superados. Os comentários do presidente americano ocorreram na véspera das primárias de Michigan, onde enfrenta pressão da grande população árabe-americana do Estado, por causa do apoio a Israel.
Como o site da Jovem Pan mostrou, na segunda-feira, 26, o presidente dos Estados Unidos afirmou que aguarda um acordo de cessar-fogo até a próxima semana. “Meu assessor em segurança nacional me diz que estamos perto, ainda não estamos lá. Minha expectativa é de que tenhamos um cessar-fogo a partir da próxima segunda-feira”, disse a jornalistas. A fala do presidente fez referência a uma negociação que vem sendo feita entre os países mediadores do conflito – Catar, Egito e EUA. Eles tentam firmar um compromisso com Israel e Hamas em busca de uma trégua.
Segundo interlocutores de ambos países, as conversas se concentram na primeira fase de um plano elaborado em janeiro pelos mediadores, que prevê uma trégua de seis semanas e a libertação dos reféns em poder do Hamas e de prisioneiros palestinos em Israel, além da entrada em Gaza de uma quantidade considerável de ajuda humanitária. Por outro lado, Israel exige a libertação de todos os reféns durante essa pausa e advertiu que uma trégua não significará o fim da guerra.
*Com informações de Estadão Conteúdo