Presidente francês recebeu cerca de 30 líderes europeus e anunciou a criação de uma coalizão.
Emmanuel Macron, presidente da França, comunicou nesta segunda-feira, 26, uma série de medidas para reforçar o apoio à Ucrânia. Ele não descartou a possibilidade de enviar tropas aliadas ao país para auxiliar na guerra contra a Rússia. O chefe do Executivo recebeu em Paris aproximadamente 30 líderes europeus e anunciou a criação de uma coalização para fornecer à Ucrânia “mísseis e bombas de médio e longo alcance”. Macron enfatizou que a coalização está convecida de que “a derrota da Rússia é indispensável para a segurança e estabilidade na Europa”. No entanto, ainda não há um consenso sobre enviar tropas ao país, mas ele acrescentou que “não devemos descartar nada”. “Faremos tudo o que for necessário para garantir que a Rússia não vença esta guerra”, declarou o presidente.
O primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte, negou que o tema tenha sido discutido na reunião, mas seu colega eslovaco, Robert Fico, deu a entender que alguns membros da Otan e da União Europeia estavam considerando a iniciativa. “Muitas pessoas que hoje dizem ‘nunca, jamais’, são as mesmas que diziam ‘nunca tanques, nunca aviões, nunca mísseis de longo alcance’ há dois anos, quando a invasão começou”, disse Macron. Os países que chegaram a um consenso sobre enviar ajuda à Ucrânia afirmaram que houve a necessidade de “fazer mais e mais rápido”. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, participou da reunião por videoconferência e afirmou que a vitória ou a derrota de Kiev “depende de vocês”. Participaram também da reunião o chefe do governo alemão, Olaf Scholz; o presidente da Polônia, Andrez Duda; e o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez.