O ministro da Defesa de Israel, Yoav Galant, declarou que a possibilidade de uma trégua de seis semanas está se aproximando. Essa afirmação surge em meio a negociações intensas envolvendo o grupo terrorista Hamas, que se reuniu com representantes do Catar e do Egito. Durante essas conversas, o Hamas expressou sua disposição para avançar em um acordo, mas com uma condição importante: os Estados Unidos não devem adicionar novas exigências à proposta já existente. Essa condição é vista como um fator crucial para a viabilização da trégua. O anúncio veio no mesmo dia no anúncio do no líder político do movimento islâmico palestino Hamas, Yahya Sinwar, que agradeceu ao grupo xiita Hezbollah por seu apoio na guerra na Faixa de Gaza em uma pouco comum carta dirigida ao secretário-geral da formação libanesa, Hasan Nasrallah.
“Agradecemos sua solidariedade aliada a sentimentos sinceros e nobres, que foi demonstrada com suas benditas ações nas frentes do Eixo da Resistência em apoio, respaldo e compromisso com esta batalha”, afirma a carta, divulgada nesta sexta-feira pelo Hezbollah. Em 8 de outubro, um dia após a eclosão da guerra na Faixa, o movimento xiita abriu uma frente de apoio ao Hamas a partir do sul do Líbano, tal como fizeram outros membros da aliança informal anti-Israel do Eixo da Resistência, liderada pelo Irã e com membros como os rebeldes houthis do Iêmen.
A carta é uma resposta a uma mensagem anterior de Nasrallah na qual este apresentava as suas condolências pela morte do antecessor de Sinwar, Ismail Haniyeh, assassinado em 31 de julho em Teerã, em uma ação atribuída a Israel. O novo chefe político do Hamas frisou na carta que o “sangue” dos seus líderes não é mais “valioso” do que o da população palestina e afirmou que todas as baixas sofridas até agora apenas reforçarão a determinação de “enfrentar a ocupação sionista nazista”.