Nesta última terça-feira (03) o pré-candidato Léo Costa divulgou mais uma pesquisa em blogs e grupos de WhatsApp de Barreirinhas.
O problema é que a empresa que teria realizado a pesquisa Dinâmica Consultoria/Treinamento, segundo apuramos, não é um Instituto de pesquisa, e sim uma empresa “faz de tudo”, e não consta dados dos proprietários na base de dados do seu CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (conforme print abaixo).
Em seu perfil no Instagram, a empresa se apresenta como um curso preparatório com a missão de “ajudar as pessoas na aprovação em concursos públicos”, e todos podem acessar, através do link https://www.instagram.com/dinamica.consultoria/
Os Institutos de pesquisa são empresas de estudo de natureza muito específica, e são filiados ao CORE – Conselho Regional de Estatística, Região 5, que abrange o Estado do Piauí, onde a empresa está sediada (Parnaíba – PI). Apresenta-se como a principal atividade o treinamento e gestão empresarial, mas também faz criação musical, artes cênicas, serviços de alimentação para eventos, além de muitas outras atividades como consta no “CNAE” do seu CNPJ. E apesar de todas essas atividades registradas, o endereço indicado como seu escritório em Parnaíba, é uma simples residência.
Esta é a primeira pesquisa que vemos que não divulgou a margem de erro. Ao aventurar-se nos assuntos eleitorais, a empresa mesmo afirma em seu próprio relatório que “elaborou a pesquisa em um microcomputador, usando a tabela Excel…”. Epa! Excel? E as pesquisas não devem ser elaboradas por estatísticos e tabuladas por softwares especializados? E ainda confirma em seu relatório, que não atende a legislação eleitoral (art. 2º, da Resolução 23.600 do TSE. E também não obedeceu aos critérios demográficos e socioeconômicos do município, conforme analisou um estatístico consultado.
Senão vejamos: segundo a empresa declarou em seu relatório, 88,2% da população de Barreirinhas tem renda familiar abaixo de 1 salário mínimo. Segundo dados do TRE-MA, 67% do eleitorado de Barreirinhas fica na Zona Rural, e 33% na área Urbana. Mas a empresa declarou que pesquisou 45% dos eleitores na Zona Rural e 55% na Área Urbana, invertendo a necessidade técnica da amostra. Se houvesse sequer consultado os dados do IBGE e PNAD, entre outras de eleitores nas fontes oficiais, não teria exposto seu cliente a tanto vexame.