Plano de cessar-fogo propõem troca de reféns e atuação ativa do presidente dos EUA, que se comprometeu a atuar ativamente pelo fim da guerra, mantendo o cessar-fogo enquanto durarem as negociações.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste domingo (7) que Israel aceitou seus termos para um acordo de paz na região da Faixa de Gaza, e que, agora, resta o Hamas aceitar também. “Eu alertei o Hamas das consequências de não aceitarem os termos”, escreveu o republicano na Truth Social. “Todos querem os reféns em casa. Todos querem que esta guerra acabe! Este é meu último aviso ao Hamas, não haverá outro!”, afirmou Trump, em espécie de ultimato ao grupo.
Segundo informações obtidas pela Axios, a nova proposta americana enviada ao Hamas prevê a libertação dos 48 reféns ainda mantidos pelo grupo em troca de um cessar-fogo e do fim da operação israelense para ocupar a Cidade de Gaza. Em contrapartida, Israel soltaria entre 2.500 e 3.000 prisioneiros palestinos, incluindo centenas condenados à prisão perpétua por assassinato de israelenses. A Axios informou ainda que, caso o Hamas aceite a iniciativa, Trump se comprometeu a atuar ativamente pelo fim da guerra, mantendo o cessar-fogo enquanto durarem as negociações.
De acordo com um alto funcionário israelense ouvido pela Axios, o plano também abriria caminho para negociações imediatas sobre os termos de um acordo de paz definitivo. Israel exige o desarmamento do Hamas, enquanto o grupo demanda a retirada completa das Forças de Defesa de Israel (IDF) da Faixa de Gaza. O funcionário acrescentou que, se a proposta for rejeitada, a alternativa seria “muito ruim”: uma ampla operação militar israelense, diz o veículo.
Essa possibilidade acordo vem em um momento em que o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu, afirmou que o país está intensificando a ofensiva na Cidade de Gaza. Em publicação no X, o premiê israelense acusou o Hamas de impedir a evacuação do local ao usar moradores como “escudos humanos” e de recorrer à violência contra civis que tentam deixar a região. Netanyahu disse que a meta é encerrar a guerra “o mais rápido possível” com a vitória definida: eliminar o Hamas, recuperar todos os reféns e garantir que Gaza “nunca mais ameace Israel”.
Segundo a Anadolu Agency, o primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, ressaltou hoje que o país defende uma solução de dois Estados para o conflito e que reconhecerá o Estado da Palestina “no momento certo”, aumentando a pressão de países europeus contra Israel pelo fim do conflito. Mitsotakis ainda reafirmou que os gregos seguem reiterando críticas ao governo israelense pela condução da operação em Gaza.