Presidente Recep Tayyip Erdogan informou que o Parlamento entrará em recesso de verão e quando voltarem as propostas legislativas serão discutidas por ordem de importância.
Dois dias depois dar aval para a Suécia entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou, nesta quarta-feira, 12, que Parlamento turco não poderá ratificar a adesão da Suécia à Otan antes de outubro devido ao recesso de verão do Congresso. “Há dois meses de recesso parlamentar” e, quando os parlamentares voltarem, “haverá muitas propostas legislativas que serão discutidas por ordem de importância”, explicou o presidente turco, à margem de uma cúpula da Otan na Lituânia. A mudança de posicionamento da Turquia foi classificada pelo secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg, como um dia histórico. A Turquia e a Hungria eram os dois últimos países da Aliança Atlântica que se estavam conta a adesão. Os húngaros ainda não ratificaram a adesão da Suécia. O presidente turco criticava o país nórdico por sua suposta clemência em relação aos militantes curdos refugiados em seu território, se referindo ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), um grupo guerrilheiro que iniciou uma luta armada contra o Estado turco em 1984 e é considerado uma organização terrorista por Turquia, Suécia, União Europeia e Estados Unidos. Após a queixa turca, a Suécia reformulou sua legislação antiterrorista e criminalizou a mera filiação ou o apoio financeiro, ou de outro tipo a uma organização terrorista.