Caso propiciou a renúncia do ministro de Petróleo, Tareck El Aissami, um político influente do chavismo; promotoria quer a detenção de outros 11 envovlidos.
Pelo menos 21 pessoas, entre elas dez funcionários do governo, foram detidas na Venezuela por um esquema de corrupção dentro da estatal petrolífera PDVSA, informou, neste sábado, 25, o procurador-geral do país, Tarek William Saab, que espera a prisão de outros 11 envolvidos. “Temos dez funcionários detidos”, disse Saab ao oferecer um balanço sobre uma nova “cruzada” que resultou na renúncia do ministro de Petróleo, Tareck El Aissami, um político influente do chavismo. Os funcionários são acusados de “apropriação ou desvio de patrimônio público, tráfico de influência, lavagem de dinheiro, associação criminosa e traição à pátria”, acrescentou. Entre os funcionários detidos há vários colaboradores do ex-ministro, além de membros do departamento de Comércio e Abastecimento da PDVSA e da Intendência de Mineração Digital. Os outros 11 presos são empresários, um deles detido na República Dominicana quando tentava fugir.
O Ministério Público deu instruções para a captura de outros 11 empresários. Os funcionários realizaram “a execução de operações petroleiras paralelas” da PDVSA através de “carregamentos de óleo em navios sem nenhum tipo de controle administrativo”, assinalou. Saab disse ainda que eles não cumpriram “com os pagamentos correspondentes à PDVSA, e aí está o dano patrimonial”. Não foi revelado o montante do prejuízo. A justificativa é que a investigação ainda está na primeira fase. Segundo a imprensa local, esse déficit é de pelo menos US$ 3 bilhões (pouco mais de R$ 15 bilhões, na cotação atual). Já o deputado governista Hernnam Escarrá fala em até US$ 23 bilhões (cerca de R$ 120 bilhões).
*Com informações da AFP