Antony Blinken, o secretário de Estado dos Estados Unidos, destacou a importância do apoio chinês para a continuidade das ações agressivas da Rússia na Ucrânia. Ele ressaltou que a China se tornou a principal fornecedora de equipamentos e componentes eletrônicos para o país liderado por Vladimir Putin. Kurt Campbell, vice-secretário de Estado, complementou essa análise ao afirmar que a Rússia, por sua vez, tem fornecido submarinos e mísseis à China, enquanto o Irã contribui com mísseis balísticos. As interações militares entre China, Irã, Coreia do Norte e Rússia estão se intensificando, caracterizadas por um “transacionalismo estratégico” que envolve acordos bilaterais. O Irã e a Coreia do Norte têm enviado mísseis e drones para a Rússia, que os utiliza para intensificar os ataques às defesas aéreas da Ucrânia. A China, por sua vez, é responsável por fornecer 90% dos microeletrônicos e 70% do maquinário necessário para a produção de armamentos russos.
Além disso, a troca de tecnologia militar entre esses países está em ascensão. A Ucrânia se tornou um “laboratório” para o Irã, que observa a eficácia de suas armas em combate, enquanto a Rússia compartilha conhecimentos sobre técnicas de bloqueio de sinais de controle de drones. A colaboração entre China e Rússia também se expande em áreas como submarinos e mísseis, com a Rússia contribuindo para o desenvolvimento do programa espacial iraniano. Apesar das limitações na cooperação, como a desconfiança entre os países e a necessidade de manter uma aparência de neutralidade, o crescente alinhamento entre eles representa um desafio considerável para o Ocidente. As forças armadas dos EUA enfrentam decisões difíceis devido à escassez de recursos, o que pode comprometer a eficácia das armas ocidentais. O “dividendo de distração” gerado por essa aliança pode amplificar os desafios que esses países representam, tanto individualmente quanto em conjunto.