Investigações indicaram que o missíl russo que caiu no país membro da Otan e matou duas pessoas não foi um ataque direto das tropas de Putin
A Rússia elogiou a postura dos Estados Unidos nesta quarta-feira, 16, diante da tensão na Polônia – país que faz parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) – por causa da queda de um míssil russo que matou duas pessoas. “A reação comedida e profissional do lado dos EUA deve ser destacada”, disse à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, denunciando a histeria de altos funcionários de vários países. “A Rússia não tem nada a ver com o incidente na Polônia”, acrescentou. Na terça-feira, 15, um funcionário do alto escalão do governo dos Estados Unidos informou que mísseis disparados pela Rússia atingiram. O ocorrido causou uma tensão e a Otan convocou uma reunião de urgência para tratar da situação. Em reunião com líderes aliado, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que eles descobrirão “exatamente o que aconteceu”, mas adiantou era “improvável que o míssil tenha sido disparado da Rússia”, dada a sua trajetória. Mais tarde, Otan e Polônia informaram não haver indicação de que o míssil foi um ataque intencional ao país, e que a vizinha Ucrânia foi quem provavelmente disparou o projétil da era soviética ao se defender de um ataque aéreo russo que destruiu sua rede elétrica. “A defesa da Ucrânia estava lançando seus mísseis em várias direções e é altamente provável que um desses mísseis, infelizmente, tenha caído em território polonês”, disse o presidente do país, Andrzej Duda. “Não há nada, absolutamente nada, que sugira que tenha sido um ataque intencional à Polônia.” O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, em reunião da aliança militar em Bruxelas, concordou com a avaliação. “Uma investigação sobre este incidente está em andamento e precisamos aguardar seu resultado. Mas não temos indicação de que isso foi resultado de um ataque deliberado”, disse Stoltenberg a repórteres.