Ministro da Economia anunciará às 17h desta terça o primeiro pacote de medidas econômicas; presidente da Argentina defende um tratamento de choque para evitar catástrofe do país.
A Argentina vai anunciar às 17h (mesmo horário em Brasília) desta terça-feira, 12, as primeiras medidas econômicas para evitar uma hiperinflação. O presidente Javier Milei, que assumiu a presidência do país no último dia 10, promete fazer o impossível no curto para evitar a catástrofe que a situação, e defende que é necessário um tratamento de choque e que o ajuste fiscal será equivalente a 5% do Produto Interno Bruto (PIB). A Argentina está atolada em uma grava crise econômica, com inflação anualizada superior a 140% e uma taxa de pobreza que ultrapassa os 40%. “A inflação que vamos evitar certamente será muito mais devastadora que a hiperinflação dos anos de 1989 e 1990. Por isso a nossa preocupação e a urgência nas medidas”, destacou o ministro da Economia, Luis Caputo.
O setor público na Argentina representa mais de 18% do emprego total, um dos percentuais mais elevados da América Latina, com quase 3,4 milhões de pessoas. “O objetivo é fazer o impossível no curtíssimo prazo para evitar a catástrofe. Estamos diante de uma das crises mais profundas da história e caminhamos para uma hiperinflação. A decisão é evitá-la”, declarou o porta-voz presidencial em coletiva de imprensa na Casa Rosada. Adorni confirmou o fim da publicidade institucional na imprensa “durante um ano”. O porta-voz anúncio que o pacote de medidas econômicas a ser anunciado terá como foco “cobrir esta emergência econômica” para tentar “evitar uma catástrofe maior”.
Adorni reiterou que os contratos e nomeações públicas feitas pelo governo anterior no último ano “estão em revisão” e acrescentou que haverá a “sanção correspondente” para os funcionários que não queiram colaborar com o Executivo. Os movimentos piqueteros e as forças políticas de esquerda convocaram os primeiros protestos contra os ajustes econômicos antecipados por Milei para o dia 20 de dezembro. Essa data remonta à grave crise de 2001 na Argentina, que desencadeou um grave cenário econômico e social no país sul-americano e levou à renúncia dos presidentes Fernando de la Rúa (1999-2001) e Adolfo Rodríguez Saá (2001)
Com agências internacionais